terça-feira, 18 de agosto de 2009

tema livre 1

Se a vitória sobre a Lusa e a possibilidade de terminar o turno em primeiro lugar não são motivação que bastem, os possíveis retornos do Fágner, Paulo Sérgio e Pimpão e a possibilidade do Aloísio ser titular contra o Ipatinga deveriam incentivar a torcida carioca a lotar o Maraca no próximo sábado.
Quando perguntaram meu palpite sobre o público da próxima partida, chutei modestamente 50 mil. Mas se a empolgação dos comentaristas aqui do blog for a mesma da torcida de um modo geral, a meta é bater o recorde de público do Brasileirão, tanto da Série A como da Série B. Para isso é preciso que pelo menos 68.218 vascaínos cumpram seu dever de torcedor e compareçam ao Maior do Mundo.
Sabadão, horário bom, acesso mais tranquilo e maior conforto. Qual vai ser sua desculpa para não ir?
***

Não importa a idade
E como é dia de Tema Livre, é dia de Vasco Imortal. Hoje, duas provas de que o amor pelo Vasco não tem idade: basta nascer para que ele apareça. Para o Daniel - que tira um cochilo no carrinho - só foi preciso 5 dias de nascido para aparecer com a camisa do Vascão. E a Yasmim, com apenas 6 meses de idade, já é vista por aí usando o uniforme completo do Gigante, toda orgulhosa!


***

Agora faltam 69.999...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

o time da virada apareceu

Ao fim do jogo de ontem, apesar da vitória do Vasco por 3 x 1 sobre a Portuguesa - na primeira virada do time na Série B - eu estava tão feliz quanto irritado (O time começou jogando mal, levou um gol acidental nos primeiro minutos do jogo e demorou a se encontrar em campo. Refeito do golpe inicial, o Vasco começou a dominar a partida e chegou a excercer certa pressão sobre a Lusa. Mas o empate não veio. Na etapa complementar, Dorival tirou Nilton e colocou o Adriano, numa clara tentativa de tornar o time mais ofensivo. O time partiu pra cima, conseguiu o empate e ainda teve a seu favor a expulsão do nosso velho conhecido Ygor. As coisas começaram a dar certo, a virada parecia questão de tempo…
Até que o Ernani foi expulso.
Depois desse acontecimento na partida, Dorival parece ter desistido de vencer, mesmo que ainda fosse possível a vitória. Nove minutos depois da expulsão do lateral mais cobiçado do futebol carioca, nosso técnico tira o principal articulador do time e coloca mais um zagueiro no time. E a troca do Carlos Alberto pelo Rafael Morisco não foi o fim das alterações para reforçar a defesa: ainda houve a troca de “seis por meia dúzia” do Mateus pelo Amaral. Isso tudo entre os 11 e 24 minutos do segundo tempo. Não tem como não achar que o Dorival havia abdicado de tentar vencer o jogo e que estava satisfeito com o resultado.
Mas talvez não tenha sido bem assim.
O fato é que hoje, com mais calma, dá pra pelo menos entender o que quis o Dorival. Ele não quis abdicar abdicar da vitória, apenas arriscou vencer nos contra-ataques. E foi arriscado mesmo, porque ficar tomando pressão de adversário desesperado pelos três pontos não é uma postura das mais inteligentes. Outro ponto em que o Dorival me parece equivocado é confiar no desempenho de alguns jogadores.
Se a intenção ao tirar o Carlos Alberto e manter o Enrico (que saíria para a entrada do Amaral se o Ernani não tivesse sido expulso) era de manter um armador que marcasse, a idéia não foi das melhores, já que o Enrico não marca nada. Ele até corre, mas não é efetivo no combate.
Por outro lado, se a entrada do Amaral foi para liberar o Alex Teixeira pela direita, a medida deu certo. Sendo o único meia em campo sem obrigação de marcar, o Alex pode avançar com mais frequência e foi numa dessas que saiu nosso segundo gol.
A vitória foi importantíssima, primeiro porque nos manteve empatados com o Atlético-GO e seguimos com chances de terminar o primeiro turno na liderança do campeonato. Segundo porque mostrou que o time, que conquistou quatro de seis pontos possíveis fora de casa, reverteu a vantagem que o líder teve nessas três últimas rodadas. Agora, decidimos o fim do turno diante da nossa torcida contra o Ipatinga e eles têm que encarar o Bahia - mordido depois da enorme garfada que sofreram contra o Guarani - no Pituaçu. O time não foi bem em grande parte do jogo mas mostrou poder de reação ao conseguir sua primeira virada no Brasileiro. Agora é lotar o Maracanã no sábado que vem e partir para a liderança.
***
Fernando Prass nada podia fazer no gol sofrido e ainda fez pelos menos duas grandes defesas, uma delas um verdadeiro milagre, quando se recuperou e conseguiu tirar uma bola em cima da linha depois de uma finalização inesperada de letra da Lusa.
***
Se foi numa vacilada do Vílson que a Lusa iniciou a jogada do seu gol, seu companheiro de zaga teve uma atuação destacada na partida. Gian iniciou a partida dando azar no lance do gol adversário, ao pular para cortar um passe que acabou saindo rasteiro, mas já no primeiro tempo compensou quase marcando um gol de falta e outro numa cabeçada. De tanto tentar, acabou deixando o seu, o primeiro do Vasco, com uma cabeçada certeira depois de belo cruzamento de Carlos Alberto.
***
Com os dois laterais direitos do elenco contundidos e Ramon suspenso, tivemos que ir para o Canindé sem laterais. Vocês podem dizer que se Mateus não é lateral, pelo menos o Ernani é. Mas aí é que está: será que o Ernani é MESMO um lateral?
O Ernani marca mal e sobe muito pouco ao ataque. E quando sobe, não consegue produzir nada. Na única subida que poderia render alguma, arriscou um chute até bonito, mas poderia ter passado a bola para o Élton, que estava melhor posicionado na área. Se o Pará é preterido por ele, só pode ser pelo seu poder de marcação. Mas o Ernani não marca, ele apenas bate. Mesmo que tenha sido injustamente expulso (pelo menos pra mim, nenhuma das duas faltas mereciam cartões, ainda mais se compararmos com algumas feitas pelo time da Lusa), o lateral fetiche do futebol carioca teve outra atuação fraca.
Já o Mateus…o Mateus todo mundo conhece, né? Até tentou subir algumas vezes para apoiar o ataque, mas não consegue ser útil dessa forma. Na marcação, também não é lá essas coisas. Ontem só merece ser lembrado por ter cobrado um escanteio em que Gian quase marcou de cabeça e por ter tropeçado na bola de forma bizarra no meio de campo. Saiu para a entrada de Amaral, que entrou apenas para proteger a lateral direita e fez bem a função.
***
É fácil entender porque o Nilton vem sendo sempre a primeira opção quando um volante precisa sair de campo: mesmo sem ter os ataques de “craquismo” que vinham o prejudicando na sua função, ele segue errando muitos passes. Pra piorar, em alguns momentos podemos vê-lo meio que morcegando na marcação. Talvez nem fosse o caso ontem, até porque sua saída foi evidentemente tática. Mas para um jogador que veio para ser titular, ver sempre o Souza terminar os jogos deveria servir como sinal de alerta. O jovem Souza tem jogado com a mesma disposição que o Nilton, mas parece mais atento ao trabalho de marcação. Ontem isso aconteceu mais uma vez e por isso ele terminou a partida e Nilton, não.
***
Carlos Alberto parece mesmo destinado a levar botinadas até o fim do campeonato. Se os adversários não conseguem mais tirá-lo do sério com a sequências de faltas que sofre, pelo menos conseguem evitar que ele jogue tudo o que pode. Sempre cercado por vários marcadores, o capitão até tem tentado suas arrancadas, mas não consegue ser efetivo e acaba perdendo muitas bolas em que o ideal seria um toque mais rápido para um companheiro livre. Ontem pelo menos acertou um cruzamento na medida para que o Gian iniciasse a reação do time. Saiu para a entrada do Rafael Morisco, que entrou para segurar o ímpeto ofensivo da Portuguesa. Esse não se destacou, mas também não comprometeu.
Se o Enrico não é o vilão do time que todo mundo parece achar, também não faz muito para justificar a enorme confiança que Dorival deposita em seu futebol. Com Jéferson contundido e Léo Lima fora do time, é o único jogador do elenco que restou para realizar a função de ajudar tanto na armação como no combate pelo meio. O problema é que ele não consegue ser decisivo em nenhuma das duas funções. Não dá pra acusar o Enrico de se esconder do jogo, o que se esconde mesmo é seu futebol. Ontem, pelo menos, sofreu o pênalti que sacramentou a vitória.
Alex Teixeira teve uma sensível melhora depois que voltou a jogar mais recuado. Com a perseguição implacável que o Casalberto sempre sofre, tem tido mais espaço e vem aproveitando bem essas oportunidades. Mais uma vez foi decisivo, ao iniciar a jogada do gol da virada e - se não me engano - ao acertar um belo lançamento para o Enrico, que na sequência da jogada sofreu o pênalti.
***
Enquanto joga isolado na frente, o Élton não consegue render bem. Volta e meia precisa sair da área para buscar jogo e não raro o vemos tentando driblar os marcadores pelas laterais do campo, o que não é muito a dele. No primeiro tempo, quando estava sozinho no ataque, teve apenas uma chance, mas pegou mal na bola. No segundo, deu aquela sumida habitual depois da entrada de outro atacante, até achar um posicionamento melhor. Quando encontrou seu lugar no campo, deu o passe para o gol do Adriano e terminou a partida marcando de pênalti seu oitavo gol na competição. Não fez uma partida das mais vistosas, de encher os olhos da torcida, mas foi um dos destaques pelo empenho e por continuar marcando seus golzinhos.
O Adriano parece disposto a conquistar a vaga de “Obina vascaíno“: ele entra, não consegue fazer muita coisa, mas sempre faz seu golzinho salvador. Foi assim contra o América-RN e foi assim ontem: até marcar o gol da virada, mal conseguia prender a bola no ataque com suas disparadas e as tentativas de passar por qualquer pessoa que esteja no campo sem uma camisa com um faixa diagonal. De qualquer forma, não dá pra falar mal de um atacante que vem sempre marcando os seus gols.

***
Novamente a torcida deu um show nas arquibancadas. Ontem no Canindé, onde podia haver vascaínos, havia. É assim que tem que ser até o final do campeonato: em qualquer lugar do Brasil, o Vasco tem que ter sempre o apoio da sua torcida. Que a galera do Rio siga o exemplo e lote o Maracanã no próximo sábado.
***
Tá rolando uma promoção no site oficial do clube: no jogo contra o Ipatinga, um dos jogadores entrará em campo com uma camisa em homenagem aos 111 anos de fundação do Vasco (o aniversário do clube acontece na véspera do jogo, dia 21 de agosto). O jogador que terá essa grande honra será escolhido pela torcida e os sócios com mensalidades em dia concorrerão à 11 dessas camisas, que já saem com cara de raridade. Para saber mais sobre a promoção e participar

voltei!

desculpa por ficar tanto tempo sem escrever mais estava estudando muito!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

despedida

gabriel, eu te entrego esse blog se você cuidar bem dele tá!

Delegação vascaína recebe apoio de cerca de 300 torcedores em Teresina

Mais de 250 torcedores compareceram ao Aeroporto de Teresina para recepcionar a delegação do Vasco nesta segunda-feira. Por volta de meia-noite, o elenco cruzmaltino apareceu no saguão, e os jogadores seguiram direto para o ônibus, que foi cercado por um grupo. Até carro de som havia no local para celebrar a chegada do time à cidade.

- Já tinha visto essa manifestação em Vila Velha. Realmente não esperava isso aqui, principalmente pelo horário – comentou o técnico Dorival Júnior, que teve o seu nome gritado pelos torcedores na saída do aeroporto.

O goleiro Tiago, o zagueiro Fernando, o volante Nilton, os meias Carlos Alberto e Alex Teixeira, e os atacantes Alan Kardec e Rodrigo Pimpão foram os mais assediados pelos torcedores, que ainda conseguiram pegar alguns autógrafos. A delegação seguiu direto para o hotel onde já está hospedada em Teresina.

Seis horas de vôo, e jantar corrido em Brasília

Márcio Iannacca/GLOBOESPORTE.COM
Carlos Alberto dá autografo na chegada do Vasco a Teresina
A saga do Vasco para chegar ao Piauí durou cerca de seis horas. A delegação deixou o Rio de Janeiro por volta das 18h e só desembarcou em Teresina perto de meia-noite. Às 20h30m, os jogadores e a comissão técnica precisaram fazer uma rápida refeição no aeroporto de Brasília. Tudo controlado pelo executivo do futebol, Rodrigo Caetano, que apressava os atletas.

Do Rio de Janeiro até Brasília, o voo transcorreu sem qualquer problema. O momento mais tenso da viagem aconteceu minutos antes da aterrissagem em Teresina. Uma forte turbulência balançou o avião e alguns atletas ficaram apreensivos. Porém, nada que a descontração não resolvesse após uma piada do fundo da aeronave.

Na próxima quarta-feira, o Vasco estreia na Copa do Brasil, contra o Flamengo-PI, no Albertão. Dorival Júnior ainda não decidiu se vai colocar um time misto em campo. Tudo depende do resultado do julgamento do “caso Jéferson”, nesta terça-feira, e da data da semifinal da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca.

Dorival tem 20 opções para escalar o time

O técnico Dorival Júnior relacionou 20 jogadores para a viagem a Teresina, no Piauí. Nesta quarta-feira, o time encara o Flamengo-PI, pela primeira fase da Copa do Brasil. A tendência é que o comandante cruzmaltino escale um time misto no confronto no Albertão, às 19h30m (horário de Brasília). Na delegação, o treinador acrescentou mais dois laterais: Fágner e Edu Pina. A dúvida do treinador existe por conta da situação do Vasco na Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca. Nesta terça-feira, o clube vai ser julgado no pleno do Tribunal de Justiça Desportiva em virtude da escalação do meia Jéferson, que estaria irregular, na estreia do Estadual. Punido com a perda de seis pontos, o departamento jurídico luta para recolocar o time nas semifinais da competição. Caso seja confirmada a classificação, o time pode atuar já no próximo sábado, contra o Botafogo.
A única certeza do treinador é em relação ao aproveitamento do volante Nilton. Suspenso no Campeonato Carioca, o jogador está confirmado entre os titulares que vão encarar o Flamengo-PI. Caso opte por um time misto, o Vasco vai entrar em campo com a seguinte formação: Tiago, Fágner, Vilson, Titi e Edu Pina; Nilton, Mateus, Enrico e Alex Teixeira; Elton e Alan Kardec. Abaixo, a relação dos atletas que viajaram a Teresina:

Goleiros: Tiago e Fernando Prass Laterais: Paulo Sérgio, Ramon, Fagner e Edu Pina Zagueiros: Fernando, Titi e Vilson Volantes: Amaral, Nilton e Mateus Meias: Jéferson, Carlos Alberto, Enrico e Alex Teixeira Atacantes: Rodrigo Pimpão, Alan Kardec, Faioli e Elton

Em São Januário, funcionários fazem manifestação por salários atrasados

O Vasco não vive um bom momento fora de campo e, nesta terça-feira, decide seu futuro na Taça Guanabara com o julgamento do 'caso Jéferson' no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ). Para piorar, cerca de 100 funcionários do clube fazem um protesto em São Januário por causa dos mais de três meses de salários atrasados.

Os manifestantes dizem que só vão deixar o local quando o problema for resolvido. Eles estão na porta da presidência do clube, mas Roberto Dinamite não apareceu na sede vascaína. A segurança foi reforçada, mas não foi registrado nenhum ato de violência ou vandalismo.

De acordo com informações da Rádio Brasil, que conversou com um dirigente cruzmaltino que não quis se identificar, o clube da Colina estaria devendo aos funcionários os salários dos meses de outubro, novembro e dezembro - janeiro venceria no próximo dia 20 -, além do 13º salário.

Gritos de "Dinamite mentiroso" e "Roberto pinóquio" estariam sendo proferidos pelos manifestantes, segundo informações da Rádio Jovem Pan São Paulo.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Carlos Alberto: 'Não tirei os pontos da tabelinha que tem lá em casa'

O meia Carlos Alberto representou o elenco do Vasco perante à imprensa para comentar a perda dos seis pontos da equipe no julgamento realizado na última quinta-feira, no Tribunal de Justiça Desportiva. Para o jogador, a conversa com o técnico Dorival Júnior e com o executivo do futebol Rodrigo Caetano serviu para tranqüilizar o grupo para o confronto de domingo, contra o Madureira, no Engenhão. Mesmo com o time somando apenas cinco pontos na tabela de classificação, Carlos Alberto afirma que em sua casa o Vasco ainda é o líder do Grupo A. - Estou com a minha tabelinha lá em casa e não tirei os seis pontos. Tenho certeza que isso não vai acontecer. Estamos há um mês juntos e ninguém deu nada para o Vasco. Tudo foi feito em base com o que foi garantido. As medidas vão ser tomadas e vai dar tudo certo – analisou o meia cruzmaltino.
O meia afirmou que o time já deu a volta por cima após o papo com os dirigentes. Para o jogador, o grupo precisa entrar em campo no domingo e fazer o seu papel. - Já demos um biquinho na pedra para o lado. Vamos ter que lutar contra coisas assim e não podemos perder a esperança. Se cair no pessimismo, nada acontece. Temos que jogar bem e ganhar, tudo fica mais fácil para você esperar uma notícia. Se você não vai bem, a espera pela notícia fica mais difícil. Seria injusto por tudo o que o time fez no campeonato – afirmou o meia.

Ney Franco apoia o Vasco: 'Torço para que o clube recupere os seis pontos'

Ney Franco mandou, nesta sexta-feira, uma mensagem de apoio para o técnico do Vasco, Dorival Júnior. O comandante do Botafogo não concordou com a decisão do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro, que tirou seis pontos do clube da Colina por ter escalado de forma irregular o meia Jéferson na estreia no Campeonato Carioca, contra o Americano - a equipe cruzmaltina perdeu por 2 a 0, em São Januário, mas foi punida por causa de uma ação movida pelo Fluminense.Com a punição, o Vasco, então líder do Grupo A na Taça Guanabara, ficou sem chance de classificação para as semifinais. Mas o clube vai recorrer da decisão do TJD-RJ, e um novo julgamento vai acontecer na próxima terça-feira.
- Me coloco no lugar do Dorival Júnior. Você vê um trabalho todo de remontagem de elenco que parece ser perdido. A situação dele foi muito parecida com a nossa. Tanto Botafogo como Vasco entraram no Campeonato Carioca em segundo plano. Flamengo e Fluminense eram apontados como favoritos. E nós conseguimos mudar isso no campo. Vejo com muita tristeza o que aconteceu e torço para que o Vasco recupere esses pontos - disse o técnico alvinegro. O Fluminense, que moveu a ação contra o Vasco, foi o maior beneficiado. O clube, que tinha remotas chances de classificação, agora está na briga por uma vaga na semifinal da Taça Guanabara.

Genro e cunhado de Dinamite não veem problema em trabalhar no Vasco

Pivôs de uma das acusações mais duras do ex-vice de marketing do Vasco José Henrique Coelho que afirmou que o presidente Roberto Dinamite beneficiava parentes no clube, Gerson Júnior, genro do mandatário, e Leonardo Marins, cunhado, se viram em meio ao turbilhão político que se tomou São Januário nos dois últimos dias. Procurados pelo GLOBOESPORTE.COM, os dois falaram da situação abertamente.

Casado com Tatiana, uma das filhas de Dinamite, Gerson Júnior é o responsável pela logística das viagens do Vasco desde o ano passado. Apesar das acusações, o genro do presidente cruzmaltino tem uma empresa que presta serviço para mais de 40 clubes da Série A e B do Campeonato Brasileiro. Além disso, ele costuma fazer toda a preparação dos times que vão atuar em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Goiás e no Rio Grande do Norte.

- Não cobramos nada além do preço de mercado. Eu faço isso há muito tempo. Não comecei a trabalhar com logística de viagens por causa do Vasco. Calhou de eu ser casado com a filha do presidente – explicou Gerson Júnior, que é sócio minoritário da empresa Locaflat/Tathica há quatro anos.
Para completar, Gerson revelou ainda que a sua empresa ainda costuma recepcionar jogadores recém-contratados por clubes do Rio de Janeiro. Para ele, a acusação não faz sentido.

- É uma injustiça falarem isso. Calhou de eu ser genro do Roberto. Estou no futebol muito antes de ele ser presidente do Vasco – afirmou Gerson.
No caso de Leonardo Marins, a acusação se refere ao seu salário, considerado elevado por José Henrique Coelho. Secretário da presidência, ele confirmou que recebe R$ 9,5 mil brutos, e que o valor ainda tem alguns descontos relacionados aos impostos.- Trabalho todos os dias da semana, e posso garantir que o meu salário condiz com a função que eu exerço aqui no Vasco – defendeu-se Leonardo, que acompanha todos os passos de Dinamite diariamente.

Dinamite não entra em polêmica com Coelho: 'Deixo nas mãos de Deus'

Enquanto o vice de futebol do Vasco, José Hamilton Mandarino, não poupou críticas a José Henrique Coelho, que deixou a diretoria do clube fazendo várias acusações, o presidente Roberto Dinamite preferiu não entrar em polêmica. O discurso do mandatário foi tranquilo e sem agressões verbais ao seu ex-correligionário.

Curiosamente, ao comentar todas as acusações, Dinamite preferiu pedir ajuda aos céus em vez de criticar a atitude de Coelho.

- O que José Henrique Coelho falou deixo nas mãos de Deus. Estamos trabalhando pelo Vasco e não permitiremos que arranhem a imagem do clube. O futuro dirá quem está certo – afirmou o presidente cruzmaltino.

A partir daí, Dinamite preferiu falar do seu estilo na presidência do Vasco. O dirigente afirmou que o seu gabinete está aberto para todos funcionários e que o clube voltou a ser democrático desde a sua entrada na presidência
- A minha marca é saber receber as pessoas. O que eu quero aqui é uma relação de respeito. Não tenho qualquer finalidade e qualquer intenção aqui no Vasco. Todos que estão aqui comigo não ganham nada – disse Dinamite.

Para finalizar, o presidente vascaíno afirmou quais são os seus dois objetivos como principal drigente do clube:

- Quero regularizar a situação financeira e administrativa do clube para pagar todos os nossos funcionários em dia. E tenho a intenção que o Vasco tenha o seu centro de treinamento. Não sei se vai ser na Barra, em Duque de Caxias, mas a ideia principal é essa

Executivo do futebol admite que briga política pode afetar o time vascaíno

O executivo do futebol do Vasco, Rodrigo Caetano, admitiu que a crise política que tomou conta do clube na última quarta-feira pode afetar o grupo dentro de campo. Para o dirigente, por mais que ele tente desviar o foco, os atletas acabam tomando conhecimento dos problemas internos que acontecem na cúpula cruzmaltina. - Claro que isso afeta o futebol. A equipe está tentando tomar um rumo na temporada e essas coisas não trazem nenhum benefício ao elenco – afirmou o dirigente.

Ao comentar a possibilidade dos salários do Vasco atrasarem, principalmente em virtude da declaração dada pelo ex-vice de marketing José Henrique Coelho, Rodrigo Caetano preferiu não entrar no mérito da questão e comentou os números que foram passados logo que chegou a São Januário.

- Não temos o fato consumado de atraso nos salários. Em tese, todos os clubes do futebol brasileiro pagam no dia 20 de cada mês. Ainda não tivemos esse exercício vencido. Mas com o orçamento que me foi passado, o Vasco tem condição de arcar com todos os seus custos – explicou Rodrigo Caetano.

Apenas os jogadores que permaneceram no elenco de 2008 para 2009 é que estão com alguns vencimentos atrasados. Atletas com o goleiro Tiago, o lateral-esquerdo Edu, os zagueiros Vilson e Fernando, e os volantes Mateus, Souza e Bruno Gallo ainda não receberam o valor referente ao período das férias.

após perda de pontos, vasco pega o madureira sem saber se vai a semifinal

O Vasco entra em campo neste domingo, às 16h, com um antigo ditado na cabeça. Como diz a cultura popular, o time da Colina vai encarar o Madureira, no Engenhão, pela última rodada da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca, com "um olho no padre e o outro na missa". Em outras palavras, a equipe precisa de um resultado positivo diante do Tricolor suburbano e de uma vitória no Tribunal de Justiça Desportiva, na próxima quinta-feira, para ficar com uma das vagas nas semifinais do torneio.

Na última quinta-feira, o Vasco perdeu seis pontos no julgamento realizado no TJD. Os auditores do tribunal consideraram irregular a escalação do meia Jéferson na estreia do time no Carioca, contra o Americano, no dia 24 de janeiro. O departamento jurídico do time de São Januário alega que conseguiu uma liminar para ter o atleta em campo. Acompanhe o confronto ao vivo pelo Premiere e em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM.

Alex Teixeira e Titi voltam ao time titular de Dorival Júnior

O técnico Dorival Júnior vai poder escalar a equipe considerada ideal no confronto da sétima rodada da Taça GB. O treinador poderá escalar o zagueiro Titi e o meia-atacante Alex Teixeira, que cumpriram suspensão na partida diante do Cabofriense, na última quarta-feira. Para o retorno dos atletas, o comandante cruzmaltino vai sacar Vilson e Elton.

Apesar da perda de seis pontos no julgamento da última quinta-feira, a comissão técnica vascaína está fazendo um trabalho para conscientizar os jogadores de que nada está perdido. Dorival confirmou que vai se esforçar para colocar na cabeça do grupo que o Vasco entra em campo com 11 pontos na tabela de classificação do Grupo A. Segundo o comandante cruzmaltino, o time está focado no confronto diante do Madureira.

- Você observa o semblante de quase todos e eles estão bem. A maioria está focada no melhor rendimento, no resultado de domingo, nada mais. O Vasco vai buscar a vaga no campo, não no tapete - afirmou o treinador vascaíno.

Além da perda de pontos, o clube ainda vive uma ebulição política. Na última semana, o vice de marketing José Henrique Coelho acusou a diretoria comandada por Roberto Dinamite de não ter capacidade para gerir o clube e acusou alguns correligionário de fazer caixa dois. Mesmo distante da briga, Dorival acompanhou o momento em que o seu nome foi envolvido na discussão, já que os valores de seus vencimentos foram revelados pelo ex-cartola. Mesmo assim, ele diz que vai seguir com o seu trabalho.

- Vou seguir fazendo o meu trabalho da mesma maneira. No caso dos jogadores, eles precisam focar o trabalho, pensar dentro de campo. A maioria dos atletas está focado em fazer a melhor partida possível - disse Dorival.

Tricolor suburbano ainda sonha com uma vaga na semifinal

O Madureira, com sete pontos, está em sexto lugar. O time também ganhou uma sobrevida com a perda dos pontos do rival deste domingo. Porém, a situação é a mais complicada. O Tricolor suburbano precisa vencer a equipe da Colina, além de torcer por empates nos jogos Cabofriense x Duque de Caxias e Fluminense x Tigres.

Curiosamente, o Madureira conta com dois ex-vascaínos na partida deste domingo. O lateral-direito Claudemir, revelado nas categorias de base de São Januário, e o meia Abedi, que teve o seu melhor momento na carreira defendendo as cores do time cruzmaltino.

MADUREIRA
VASCO
Renan, Claudemir, Paulão, Ricardo e Daniel; André Paulino, Bruno, Victor Silva e Abedi; Fábio Oliveira e Júnior Amorim.
Tiago, Paulo Sérgio, Fernando, Titi e Ramon; Amaral, Nilton, Jéferson e Alex Teixeira; Carlos Alberto e Rodrigo Pimpão.
Técnico: Robson Macedo.
Técnico: Dorival Júnior.
Estádio: Engenhão. Data: 15/02/2009. Árbitro: Leandro Noel Laranja (RJ). Auxiliares: Jackson Lourenço Massarra dos Santos (RJ) e João Luiz Coelho de Albuquerque (RJ).
Transmissão: O Premiere exibe a partida.
Tempo Real: O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partir de 15h30m (de Brasília).

Tabela da Série B é divulgada. Vasco estreia contra o Brasiliense

A CBF divulgou na manhã desta sexta-feira a tabela da Série B do Campeonato Brasileiro. A competição começa no dia 8 de maio, sábado, seis dias após o fim de boa parte dos Campeonatos Estaduais. A última rodada está prevista para o dia 27 de novembro. A fórmula da competição não foi alterada. Os quatro primeiros colocados sobem para a Série A e os quatro últimos serão rebaixados.

O Vasco estreia contra o Brasiliense, em local a ser definido. O clube perdeu o mando de uma partida por conta de incidentes ocorridos no jogo contra o Vitória, dia 7 de dezembro, que definiu o rebaixamento para a Série B. A primeira rodada também terá um duelo entre dois dos times rebaixados na Série A 2008: Figueirense x Ipatinga, em Florianópolis.

Confira os jogos da primeira rodada:

Ponte Preta x ABC
Bragantino x São Caetano
Campinense x Duque de Caxias
América/RN x Atlético/GO
Bahia x Paraná
Vasco x Brasiliense
Juventude x Ceará
Figueirense x Ipatinga
Vila Nova/GO x Portuguesa
Fortaleza x Guarani

Dorival avisa: 'O Vasco vai buscar a vaga no campo, não no tapete'

O técnico Dorival Júnior não falou diretamente para o Fluminense, mas para bom entendedor, meia palavra basta. Na coletiva desta sexta-feira, após o treinamento no Vasco-Barra, o treinador afirmou que o time vai buscar a classificação dentro das quatro linhas. Para que isso ocorra, a equipe precisa vencer o Madureira, no próximo domingo, no Engenhão, e torcer para recuperar os pontos perdidos no julgamento do pleno do Tribunal de Justiça Desportiva, na terça-feira. - O Vasco vai buscar a classificação em campo, não no tapete. Não há porque nos precipitarmos. Em um primeiro momento preocupa, mas depois de todas as explicações, a gente fica mais tranquilo. O clube está alicerçado e vai conseguir recuperar os pontos – analisou Dorival. No bate-papo que teve com o elenco antes do treinamento, Dorival avisou que espera ver a equipe contra o Madureira como se nada tivesse acontecido. Para ele, o Vasco ainda está com 11 pontos no Grupo A da Taça Guanabara, primeiro turno do Estadual. - O Vasco não perdeu seis pontos. O Vasco ainda tem 11 pontos no campeonato. O bom senso vai prevalecer, e o Vasco vai se classificar. Vamos vencer no domingo e conseguir o nosso objetivo. Não vai ser uma colocação como essa que vai nos tirar a calma.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

as mãos da torcida

As denúncias feitas pelo José Henrique Coelho foram reiteradas em uma entrevista coletiva dada pelo ex-VP de marketing do Vasco. A diretoria também concedeu uma entrevista coletiva. Estavam presentes Roberto Dinamite, José Hamilton Mandarino, Luso Soares da Costa, Manoel Moutinho e Olavo Monteiro de Carvalho.
Sobre as acusações de Coelho, Dinamite disse que “deixa nas mãos de Deus” e que “o futuro dirá quem está certo”. Sobre o Caixa 2 alimentada pela venda de ingressos para as torcidas organizadas, Dinamite respondeu: “Não existe isso. Não sei de onde partiu essa idéia. Queremos um Vasco forte e unido e não um clube dividido“.
Ou seja, diante da maior crise da sua gestão, nosso presidente só lavou as mãos (deixando a solução dos problemas em mãos divinas) e negou as acusações sem provar que realmente não pratica as irregularidades, exatamente como fazia o ex-presidente quando era acusado de algo. Na prática, nosso Presidente não fez nada. Ou, pior, fez algo que disse sempre repudiar.
Coube então ao Mandarino fazer o papel que caberia ao mandatário do clube. Procurou justificativas para a atitude do Coelho (desejo por remuneração), explicou a tal fraude no orçamento, os ingressos para as organizadas e a política salarial da comissão técnica. Algumas coisas ficaram meio vagas, outras precisam de uma confirmação mais definitivas que apenas palavras. Mas as respostas foram dadas.
Mas não pelo Presidente, que era quem devia responder às acusações. Dinamite preferiu falar nas mãos de Deus.
Que o Dinamite era muito mais um nome de consenso do que o melhor candidato a presidente para o Clube, isso era fácil perceber. Mas esperava-se que, com o apoio dos sócios e da torcida e bem assessorado, ele poderia fazer uma boa gestão. Depois de seis meses já vimos que Dinamite não tinha a tal boa assessoria – Necas, Américos e Coelhos que o digam – e agora, depois de mostrar que na hora de encarar as crises ele prefere deixar seu Vice-Presidente de Futebol dar a cara à tapa, começa também a não ter o apoio da torcida.
Dinamite foi um dos atacantes mais decisivos do país. Sua carreira no Vasco foi o que lhe garantiu toda a esperança que os vascaínos de todo o Brasil depositavam em sua gestão. Se ele continuar dirigindo o clube dessa maneira carente de atitude e firmeza, não serão as mãos de Deus que vão ajudá-lo. O apoio à sua presidência estará é nas mãos da torcida.
***
E depois de termos perdido os 6 pontos por conta da escalação do Jéferson contra o Americano, está também nas mãos da torcida o futuro do Vasco nesse Estadual. Muitos já pregam o boicote ao campeonato, por conta dos vários acontecimentos estranhos quem têm acontecido. Não acho que esse seja o papel que cabe a nós, vascaínos.
As arbitragens são horríveis, ex-dirigentes do Vasco – ligados à antiga gestão – denunciam o clube, os resultados, sejam nos campos ou nos tribunais, sempre favorecem os “favoritos” ao título. Diante de tudo isso, algum vascaíno ainda pode achar que a solução é abandonar o time?
Acho que deve ser justamente o contrário. Se nos tiram pontos, se nos eliminam de um turno, devemos é apoiar o time – que, mal ou bem, tem correspondido em campo – para que superemos isso tudo onde realmente importa: na bola.
O futebolzinho que esse Estadual tem apresentado não é pra deixar nenhum torcedor desacreditado. Se não conseguirmos os pontos de volta no recurso e formos realmente eliminados da Taça Guanabara (não por Fluzim, Americano ou Cabofriense, e sim por advogados), podemos muito bem chegar na Taça Rio e fazer uma campanha semelhante, indo com alguma tranqüilidade para as semifinais do segundo turno. Isso, claro, se não inventarem outro tapetão. Mas sem o apoio da torcida, a missão ficará bem mais difícil.
Está na nossa história e tradição vencer as barreiras que nos impõem, sejam justas ou não. Não é hora de entregar os pontos, é hora de nos superarmos nas arquibancadas e ajudar o time a se superar em campo. Temos plenas condições de fazer isso. E é preciso acreditar que podemos fazer a diferença. Isso também está nas nossas mãos.
***Então acontece o seguinte: o jogador está inscrito normalmente na competição. Vem um clube de outro Estado e, na justiça, anula o contrato do jogador. O Vasco consegue a anulação da medida com uma liminar. E o jogador que, repito, antes estava normalmente inscrito na competição, precisa passar por todos os trâmites novamente para estar apto a jogar.
É, faz muito sentido.
Claro que peitar e colocar o Jéferson em campo contra o Americano foi um risco e, em não se tratando de um fora de série, foi uma atitude idiota. Mas me parece sem sentido dizer que um atleta que já tinha uma inscrição feita precise fazer outra. A liminar do Vasco deveria anular a ação do Brasiliense. E essa anulação deveria restabelecer a condição de jogo do Jéferson. É o que acha a CBF. É o que acha até o Procurador-Geral do TJD.
Mesmo assim, perdemos os pontos. Nosso futuro na Taça Guanabara depende não do nosso time, mas do nosso (o que ele é mesmo?) advogado Luiz Américo e seu recurso, que será julgado na terça feira. É hora ideal para que ele justifique a terceirização do departamento jurídico do clube e o generoso salário que recebe.
***
Pra mim, o que vai decidir se o recurso será bom ou não para o Vasco será a última rodada. Algo me diz que se o Fluzim se classificar mesmo que o Vasco tenha seus pontos de volta, a gente ganha nos tribunais. Se os tricoletas mantiverem sua regularidade no campeonato e dependerem do Vasco perder 6 pontos para se classificar, estamos lascados.
***
E depois da pior semana do ano, uma notícia boa: Leonardo se apresentou e já se considera pronto para jogar. É um bom reforço para a zaga, que nem conta com tantas opções assim atualmente.
Uma pena que ele não possa nos ajudar nas defesas dentro dos tribunais também….

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

ás chances perdidas

quinta-feira,12/02/09
O Vasco ontem foi bem durante todo jogo. Diferentemente de outras partidas, criou várias lances de perigo desde o começo do primeiro tempo, não esperando a já famosa “mudança de atitude” que vem depois do intervalo. As chances de gol foram muitas, do começo ao fim da confronto. A Cabofriense mal viu a cor da bola, foi pressionada o tempo todo de forma sufocante.
Só faltou um “detalhe”: o gol. O placar não se alterou ontem na Colina.
Os ansiosos de plantão já reapareceram. Qualquer resultado que não agrade é o sinal verde para o papo de sempre: “o time é ruim”, “não vamos subir”, “nenhum jogador presta”. É natural. Torcedor é bicho imediatista, quer vitória sempre e se possível de goleada e com olé.
O resultado foi ruim? Claro, ainda mais se considerarmos que jogamos em casa e com dois jogadores a mais por mais de 20 minutos. Desperdiçamos a melhor chance de garantir a vaga para as semifinais da Taça Guanabara. Não que eu ache que vamos perder a classificação, mas poderíamos todos ir dormir mais sossegados ontem, só esperando o confronto entre a mulambada e o canil.
Mas depois de assimilado o resultado, podemos analisar os fatos com alguma frieza. Ontem fizemos tudo certo….exceto o último toque, aquele que estufa a rede. Mas isso é o bastante para dizer que temos um ataque “sem mira”? Basta olhar a tabela: mesmo sem marcar por dois jogos seguidos, ainda temos o segundo melhor ataque da competição. Nada disso muda o fato de que seria muito bem-vinda uma melhoria substancial no fundamento FINALIZAÇÃO por parte dos nossos atacantes, claro. Mas o que aconteceu é que tudo deu errado pro ataque ontem, apenas isso. É desse tipo de coisa que acontece no futebol eventualmente.
Tanto que não dá pra falar mal de quase ninguém no time. O destaque negativo na minha opinião foi o Pimpão, que mal apareceu no jogo e quando o fez foi pra perder um dos gols mais feitos da noite. Dá pra citar outro que não foi bem em campo. Talvez um pouco melhor que nosso atacante falastrão, o Jéferson, (que não dá pra saber muito bem o que faz e pra que fica em campo) ainda não mostrou as razões para sua contratação,. De resto, achei que todos jogaram bem, dentro das circunstâncias.
Por que “dentro das circunstâncias”? Porque se é difícil para um time entrosado furar uma retranca com todo o time adversário recuado o tempo todo, imagine para um time em formação, sem um entrosamento perfeito e com alguns jogadores ainda fora do seu melhor momento técnico. A Cabofriense prometeu vir pra cima, com três homens de frente, mas o que se viu foi um time que pouca chance teve para atacar, mais pelo rolo compressor vascaíno que pela falta de vontade do time de Cabo Frio. Foi um verdadeiro jogo de “ataque X defesa”. E como destruir é mais fácil que criar, a defesa (com o auxílio da bela atuação do goleiro Flávio) se saiu melhor.
Mas mesmo com a defesa adversária tendo seus méritos, nossos jogadores merecem um puxão de orelha pelos gols perdidos. Pimpão, Élton, Enrico, Faioli, Ramon…todos esses perderam gols que não se pode perder. E ainda teve uma bola na trave do Casalberto e outras duas do Paulo Sérgio, uma em cada tempo. Faz muito tempo que não vejo o Vasco criar tantas chances de gols. E faz mais tempo ainda que eu não vejo qualquer time, não apenas o Vasco, perder tantos gols feitos.
As vaias da torcida ao final do jogo são compreensíveis, mas não muito justas. Sei que é difícil achar que, apesar de empatar em casa, com um time considerado pequeno e que teve dois jogadores expulsos, o time não foi mal. Nada está perdido e temos tudo para garantir a vaga na última rodada, contra o Madureira.