quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

ás chances perdidas

quinta-feira,12/02/09
O Vasco ontem foi bem durante todo jogo. Diferentemente de outras partidas, criou várias lances de perigo desde o começo do primeiro tempo, não esperando a já famosa “mudança de atitude” que vem depois do intervalo. As chances de gol foram muitas, do começo ao fim da confronto. A Cabofriense mal viu a cor da bola, foi pressionada o tempo todo de forma sufocante.
Só faltou um “detalhe”: o gol. O placar não se alterou ontem na Colina.
Os ansiosos de plantão já reapareceram. Qualquer resultado que não agrade é o sinal verde para o papo de sempre: “o time é ruim”, “não vamos subir”, “nenhum jogador presta”. É natural. Torcedor é bicho imediatista, quer vitória sempre e se possível de goleada e com olé.
O resultado foi ruim? Claro, ainda mais se considerarmos que jogamos em casa e com dois jogadores a mais por mais de 20 minutos. Desperdiçamos a melhor chance de garantir a vaga para as semifinais da Taça Guanabara. Não que eu ache que vamos perder a classificação, mas poderíamos todos ir dormir mais sossegados ontem, só esperando o confronto entre a mulambada e o canil.
Mas depois de assimilado o resultado, podemos analisar os fatos com alguma frieza. Ontem fizemos tudo certo….exceto o último toque, aquele que estufa a rede. Mas isso é o bastante para dizer que temos um ataque “sem mira”? Basta olhar a tabela: mesmo sem marcar por dois jogos seguidos, ainda temos o segundo melhor ataque da competição. Nada disso muda o fato de que seria muito bem-vinda uma melhoria substancial no fundamento FINALIZAÇÃO por parte dos nossos atacantes, claro. Mas o que aconteceu é que tudo deu errado pro ataque ontem, apenas isso. É desse tipo de coisa que acontece no futebol eventualmente.
Tanto que não dá pra falar mal de quase ninguém no time. O destaque negativo na minha opinião foi o Pimpão, que mal apareceu no jogo e quando o fez foi pra perder um dos gols mais feitos da noite. Dá pra citar outro que não foi bem em campo. Talvez um pouco melhor que nosso atacante falastrão, o Jéferson, (que não dá pra saber muito bem o que faz e pra que fica em campo) ainda não mostrou as razões para sua contratação,. De resto, achei que todos jogaram bem, dentro das circunstâncias.
Por que “dentro das circunstâncias”? Porque se é difícil para um time entrosado furar uma retranca com todo o time adversário recuado o tempo todo, imagine para um time em formação, sem um entrosamento perfeito e com alguns jogadores ainda fora do seu melhor momento técnico. A Cabofriense prometeu vir pra cima, com três homens de frente, mas o que se viu foi um time que pouca chance teve para atacar, mais pelo rolo compressor vascaíno que pela falta de vontade do time de Cabo Frio. Foi um verdadeiro jogo de “ataque X defesa”. E como destruir é mais fácil que criar, a defesa (com o auxílio da bela atuação do goleiro Flávio) se saiu melhor.
Mas mesmo com a defesa adversária tendo seus méritos, nossos jogadores merecem um puxão de orelha pelos gols perdidos. Pimpão, Élton, Enrico, Faioli, Ramon…todos esses perderam gols que não se pode perder. E ainda teve uma bola na trave do Casalberto e outras duas do Paulo Sérgio, uma em cada tempo. Faz muito tempo que não vejo o Vasco criar tantas chances de gols. E faz mais tempo ainda que eu não vejo qualquer time, não apenas o Vasco, perder tantos gols feitos.
As vaias da torcida ao final do jogo são compreensíveis, mas não muito justas. Sei que é difícil achar que, apesar de empatar em casa, com um time considerado pequeno e que teve dois jogadores expulsos, o time não foi mal. Nada está perdido e temos tudo para garantir a vaga na última rodada, contra o Madureira.

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